segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

janeiro [3]

como se tudo tivesse sido desnecessário, chega ao fim bem parecido com como começou. Só que nesse meio tempo, fui e voltei. Paz.
Alguma coisa nunca será a mesma coisa. Pois só de ser a mesma, já não o é, já quer dizer que existe mais de um. Já quer dizer que é outra.
[tentando acabar com a redundância, acabamos por cair nela mais profundamente ainda]
... e não é que de positivo algo tem em ser assim?

ele queria acabar com o cansaço de si mesmo.

sábado, 29 de janeiro de 2011

janeiro [2]

não sabemos quando acaba. E como acaba... não acaba! A frivolidade com que as cenas trataram o resto do espetáculo não podia ser entendida. E antes que o sinal tocasse, outro caminho apareceu. Enfim, direção. [maldita hora] Me ocorreu que o que eu não quis-ter-tido era uma oportunidade de tentar provar a mim mesmo que aquilo ali não era meu, que não fazia parte daquilo. E que esta direção, a ouuuutra, era tudo que eu podia querer. De fato é. E em outra não há alternativa. Simpatizei com mais idéias... mudar tanto não muda, não tão cedo. Mas faz pensar.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

janeiro

Não há nada sóbrio o tempo todo. E antes que a caravana complete sua passagem, procuro saber: e para quê assim o ser? É tanta ingenuidade achar que o que se passa agora com certeza será... E o sentido? Bobagem concordar com esta coisa binária entre uma direção e outra. Céus... isso não deve ser necessário.

sábado, 15 de janeiro de 2011

Pêndulo

Inexoravelmente entendi o que estava por vir Mas no segundo seguinte segui pensando que seria diferente Ou então que mudaria alguma coisa naquela cabeça Curiosamente tive um estalo Um novo estalo Uma nova idéia que não era nova era bem velha Estava renovada Entretanto essencialmente a mesma. o que leva à dúvida. novamente. as coisas voltaram a se desfazer. fico feliz em saber. fico feliz em voltar. Pelo bom ou pelo ruim É com uma alegria confusa que quase consegue disfarçar-se em melancolia. ah, a fumaça. voltou. cheguei a sentir falta da ebulição e consequentemente de espalhar-me por aí sem dar chance ao comodismo. a janela ao universo recebera grades soldadas com as mais puras das certezas hipócritas que cegam o consciente. mas elas são tão fortes como podem ser fracas. na mesmíssima intensidade. é preciso saber virar a chave.

sábado, 8 de janeiro de 2011

Opção

e o que dizer sobre o que é espontâneo?
será mesmo que assim o é?
será mesmo que não estava programado?
Vou dizer sobre a expectativa!
de que não daria em nada, mais um dia
[e correu]
tudo perfeito como um encaixe
um brinquedo de montar sob medida
e suas peças encontradas no meio da rua!
tão perfeito quanto nunca poderia ser
a despeito do que é pensar em viver
do que é tentar não ser
do que é sentir sem dizer.
tão platônico quanto surpreso
e tanta coincidência não pode ser
mera tentativa
mero encanto
que por nunca poderia acabar
em mero desrespeito
em despeito à sincronia.