sábado, 30 de abril de 2011

ampulheta [3]

faz o caminho de volta, levando consigo a sustentação. Sabe? aquela sensação de quando a onda recua e, pouco a pouco, leva consigo a areia que está debaixo dos pés... Sensação de pouco a pouco ficar sem chão; e foi assim. Mas às vezes [na maioria delas] ele esquece que é só mexer os pés, que o chão volta. e volta mesmo. É só virar a ampulheta, que a areia continua se movendo e o tempo correndo.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

questão de ângulo

Vem ao encontro! a necessecidade do movimento contemplada, enfim!
Vai ao encontro... E ele não quis saber o motivo. Sentiu apenas a constância chegando, os dias ficando iguais, as reclamações sempre as mesmas. Conhecer a própria casa - depois de vivê-la, como não poderia deixar de ser - implica em observá-la de fora... e de longe, muita das vezes! e entender o que está longe, depois de visto, implica em estar na própria casa. Olha que ele nem vai ficar tanto tempo assim, e é bem verdade também que não sabe isto ao certo; cada hora quer uma coisa, uma cor, um tamanho, uma (des)proporção... e acaba conseguindo. Uma única célula de qualquer tipo de ser vivo é tão complexa quanto o próprio Universo (e é sempre bom lembrar da recíproca!). E agora?
Foi ao encontro... do quê?

Amor, venha! venha ver a casa, antes que a pintem novamente!

sábado, 9 de abril de 2011

Espelho

De qualquer forma podíamos querer que tudo fizesse sentido. E a ligação que tanto esperou-se foi assim, sem mais nem menos, se esvaindo junto com um sentimento que julgavam ser sólido. E houve quem dissesse que, sólido ou não, era pelo menos verdadeiro. Engano. A temperatura sobe enquanto a verdade aparece. Ebulição. Tudo para nos provar que, sobre este tipo de coisa, nunca se pode ter certeza. Encontra-se então entre o abismo e a depressão. de fato, não há como saber. Qualquer que seja a via, as coisas podem ser tão proporcionais ao seu inverso quanto a recíproca permite. Não sei ao certo se existem escolhas.