terça-feira, 29 de novembro de 2011

até que eu tenha que ceder

À parte do que se levanta contra o que quer ser contra. Se torna uma questão de sobrevivência, não física, mas de sentir-se alguma coisa. Cada momento que se pensa o tempo passa. Diluindo a vontade de não querer fazer parte disso tudo. Cada segundo que se percebe é outro. E é notável a grandeza; carro ônibus asfalto fumaça internet, macroeconomias. Feeling the news a todo instante - não vá se isolar!
Até que eu não tente compreender que força é essa que me leva pra forca, que novidade é essa que não tem nada de atual. Que não tem nada daquilo que a propaganda coloca; necessidade de ser único onde todos querem a mesma coisa. Imagem, fetiche do ser. Autoafirmação sem muitos objetivos... e de um jeito ou de outro é engolido - mais parece ser palpável aqui o grau da resistência.
Os amigos ficam pelo caminho. Até que eu dê peso à vontade de pertencer a um grupo - mas os estigmas ficam...
Até que seja vencido pelo cansaço e assuma essa liberdade alugada. Essa impressão tão bem mascarada, tão bem projetada.
Até que eu tenha que gostar de fazer parte da geração que acha que desvendou o mundo sem se levantar... que viu serem pisoteadas todas as bandeiras verdadeiramente democráticas e implantar de uma vez-quase-que-por todas o espírito de competição no mais profundo pensamento humano, o sentimento de que "antes ele do que eu"; que aceita a notícia mastigada mas que na verdade, mesmo, não está nem aí. Já somos livres, não precisamos mais disso! até que eu torça todo final de ano pra uma marca de tênis e uma de cerveja serem campeões do campeonato brasileiro...
Até que eu tenha que ceder às coisas como elas são?

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